O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou hoje a perda do dedo. Disse que tinha 17 anos na época e passou um ano envergonhado por ter um dedo a menos na mão.
"Este dedo aqui, se eu fosse presidente [àquela época], não perderia o dedo. Hoje até faria um implante, colocaria um dedo maior do que este aqui. Mas, como eu era um peão, cheguei fedendo a macacão, fedendo a graxa, às 3h da manhã, o médico olhou para a minha cara e falou 'Para que esse peãozinho precisa de dez dedos? Vou logo tirar', e tirou o cotozinho", afirmou ele durante cerimônia de entrega de ambulâncias em Tatuí (SP).
Lula afirmou que se sentia mal por não ter o dedo. "Poderia ter deixado o cotó para eu poder coçar o nariz. Ele tirou. E eu estou aqui agora, me considero até um portador de deficiência, com este dedo aqui. Hoje eu estou tratando isso bem, mas eu passei um ano, que eu andava no ônibus com vergonha. Eu não queria que ninguém visse o meu dedo. Ficava com a mão no bolso, embrulhava a mão em uma toalha."
Entre os problemas enfrentados com o acidente, Lula citou a dificuldade para lavar o rosto. "Eu colocava a mão assim, e antes da água chegar no rosto a água caía. E depois levou um tempo... levou um tempo e eu, então, aprendi [...]."
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